Calça das Trevas

30/05/2007

Ah, eu leio blogs e tal. Não procuro nem nada. Mas já é melhor que na época em que o VDM! era um fanzine de quadrinhos com as colunas Calça das Trevas e B de Bermuda, e eu… eu não lia fanzines, aqueles trecos em xerox vagabundas borradas em sulfites mal grampiadas, com desenhos horrorosos ou copiados (tinha um zine pseudo Gabriel Bá e Fábio Moon – tanto no desenho quanto no roteiro – que me irritava de verdade, só não rasgava porque teria que pagar os caríssimos 80 centavos que aquilo pedia… Fora que achava – e acho – os gêmeos muito mela cuecas, mas whatever…). O lance é que achei um blog bem bonito até, um logo style via html… Assim, eu estresso. E grilo. E quero socar narizes. Mas depois que você sai da escola socar narizes fica menos interessante, você não leva advertência, você é processado. Mas eu quero agora relaxar. De preferência virar budista. E não precisar de nada. E não me apegar a ninguém. E não sofrer. Não tô conseguindo. Nenhuma dessas etapas, mas já melhorei. Tipo, tive uma ameaça de infarto ilustrativa anos atrás, com direito a braço sem movimento formigando, peito apertado, apertado… E passou. No meio de uma reza. Entendi que não se estressa por nada. Na época achei que era tudo, uns 5 anos atrás, tudo errado, tão errado, errado até o pescoço, me afogando em decisões erradas, me consumindo e etc… Mas, o tal blog. O que me chamou atenção nele? Bom, é de uma mina. O que já é bom, geralmente mulher que escreve blog escreve bem melhor, eu e o Bermuda mesmo, se não sabemos o que dizer desencanamos e começamos a postar foto da Mari, ou sei lá, só pra manter pelo menos a cuecada que se dá ao trabalho de nos visitar. Tem garotas que lêem isso daqui, mas principalmente eu, acabo assustando com algo babaca que precisava ser dito senão eu teria um treco. Outro treco. Enfim, o blog. Puts, que vontade de mandar a guria calar a boca! Nossa, parece um livro de auto ajuda! Frases soltas de um post:

Libere-se dos bloqueios.
Você não pode ter: medo, vergonha, preguiça, receio.
O que você não sabe, aprende!
O medo você enfrenta!
O receio você supera!
A oportunidade você cria.
Você não faz o que você não quer.

Não sei o que me deu, cara! Quis ir lá olhar a vida da mina, ver se tá tudo bem, se ela é feliz, se não se acha gorda, se tá sendo bem comida, se faz a faculdade que curte, ou trabalha no lugar que gosta, se tem amigos pra ligar se fica triste, se a família dela é bacana, ou se ama alguém e é recíproco, se ela não grila com nada nem com ninguém. E aposto que acabaria dizendo pra garota (mais nova que eu aliás) “Me faz o obséquio de CALAR A MERDA DA BOCA?” E sairia depois de um tapinha na bunda dela, o bastante pra arder enquanto ela me vê sair pela porta dos fundos.


Calça das Trevas

30/05/2007

Ah, eu leio blogs e tal. Não procuro nem nada. Mas já é melhor que na época em que o VDM! era um fanzine de quadrinhos com as colunas Calça das Trevas e B de Bermuda, e eu… eu não lia fanzines, aqueles trecos em xerox vagabundas borradas em sulfites mal grampiadas, com desenhos horrorosos ou copiados (tinha um zine pseudo Gabriel Bá e Fábio Moon – tanto no desenho quanto no roteiro – que me irritava de verdade, só não rasgava porque teria que pagar os caríssimos 80 centavos que aquilo pedia… Fora que achava – e acho – os gêmeos muito mela cuecas, mas whatever…). O lance é que achei um blog bem bonito até, um logo style via html… Assim, eu estresso. E grilo. E quero socar narizes. Mas depois que você sai da escola socar narizes fica menos interessante, você não leva advertência, você é processado. Mas eu quero agora relaxar. De preferência virar budista. E não precisar de nada. E não me apegar a ninguém. E não sofrer. Não tô conseguindo. Nenhuma dessas etapas, mas já melhorei. Tipo, tive uma ameaça de infarto ilustrativa anos atrás, com direito a braço sem movimento formigando, peito apertado, apertado… E passou. No meio de uma reza. Entendi que não se estressa por nada. Na época achei que era tudo, uns 5 anos atrás, tudo errado, tão errado, errado até o pescoço, me afogando em decisões erradas, me consumindo e etc… Mas, o tal blog. O que me chamou atenção nele? Bom, é de uma mina. O que já é bom, geralmente mulher que escreve blog escreve bem melhor, eu e o Bermuda mesmo, se não sabemos o que dizer desencanamos e começamos a postar foto da Mari, ou sei lá, só pra manter pelo menos a cuecada que se dá ao trabalho de nos visitar. Tem garotas que lêem isso daqui, mas principalmente eu, acabo assustando com algo babaca que precisava ser dito senão eu teria um treco. Outro treco. Enfim, o blog. Puts, que vontade de mandar a guria calar a boca! Nossa, parece um livro de auto ajuda! Frases soltas de um post:

Libere-se dos bloqueios.
Você não pode ter: medo, vergonha, preguiça, receio.
O que você não sabe, aprende!
O medo você enfrenta!
O receio você supera!
A oportunidade você cria.
Você não faz o que você não quer.

Não sei o que me deu, cara! Quis ir lá olhar a vida da mina, ver se tá tudo bem, se ela é feliz, se não se acha gorda, se tá sendo bem comida, se faz a faculdade que curte, ou trabalha no lugar que gosta, se tem amigos pra ligar se fica triste, se a família dela é bacana, ou se ama alguém e é recíproco, se ela não grila com nada nem com ninguém. E aposto que acabaria dizendo pra garota (mais nova que eu aliás) “Me faz o obséquio de CALAR A MERDA DA BOCA?” E sairia depois de um tapinha na bunda dela, o bastante pra arder enquanto ela me vê sair pela porta dos fundos.


Calça das Trevas

15/05/2007

No ápce de minhas reclamações sem sentido me peguei desejando que minha vida tivesse mais… emoção. E nada como background music e pausas dramáticas pra mudar isso.
Falta trilha sonora de fundo, falta sim… o efeito manipulador de emoções… grandes coisas os momentos passados, eles são como as pessoas se lembram deles, e fazem isso sempre com uma musiquinha… sua tia brega toca Total Eclipse of the Heart ao lembrar daquele último beijo no porteiro que ia voltar pro Maranhão. É sim. Tudo depende do seu playlist. No meu não tem Bonnie Tyler. Mas outro dia acrescentei Nancy Sinatra. Não foi culpa minha, aconteceu. Ah, ela é legal. Mas não These boots Are Made For Walking, que daí seria bem gay. Enfim, músicas de fundo como nos filmes… Mas não digo tudo virar musical, seria extressante… custa dizer o teu problema? Tem que cantar, tipo ópera? Morre logo, não me conta a história da sua vida. Valeuzão, na moral! É, as coisas seriam mais legais com trilha sonora, cara… Mesmo as ruins, tipo, o que é triste seria foda, o que é bom seria… foda! Foda é bom, serve pra tudo. Sim, eu fiz um trocadalho. Oi.

Ah, e a pausa dramática! Novela tem isso a cada 3 minutos.
“Jocasta, eu…”
“Sim, Amaral?”
“Eu… É duro dizer…
“Abra seu coração”
“Estou apaixonado”
“Sim, querido?”
“Sim… por…”
“…”
“…”
“…quem, Amaral?!”
“..Carmela!”
“Minha mãe biológica que pensei ter morrido nas geleiras do Tibet? Que é 30 anos mais velha que você? Que roubou a carta que incriminava Isadora e a vendeu para Teobaldo em troca do terreno da fábrica abandonada? Que não tem escrúpulos? Que não ama nada além da vingança?”
“Que outra Carmela tem nessa novela, mulher?”

{entra a vinheta e o comercial}

Eu gosto das pausas dramáticas, até dá pra fazer, mas só você entrar numa câmera lenta e demorar pra falar o que quer te dá a impressão errada estupidez. Ou não tão errada, vai. Logo a vida social vai rareando, rareando… E não tem com quem fazer a pausa. Droga.
Claro que tem as pausas dramáticas sem intenção, é que você está pensando muita coisa, e não pode dizer tudo sem parecer retardado. É complicado, juro. A guria te encarando com aqueles olhos castanhos enormes, e você estalando o dedão da mão direita inconcientemente. A pausa é só você pensando demais.

“Olha, eu [quero apertar a sua bunda] adoro você. Você é [tesuda] importante pra mim. A melhor parte do meu dia eu passo com [a boca nos seus peitos] você. Não me imagino mais [pegando outra] longe de você”.

Entre o que sai pela boca e o que não sai, bom, uma coisa não exclui a outra. Mas é impossivel falar ao mesmo tempo. E quem ouve a pausa dramática é a garota. Se ela gostar de quem estiver falando aquilo, fica [molhada] derretida. Opa, fiz de novo, eu paro.

Ah, rapaz… que vida é essa sem créditos, abertura, música de fundo, elenco bonito e com dicção impecável, pontos de virada inconcebíveis, falas inspiradas, ângulos de câmera improváveis feitos em computação gráfica, som no talo (ADOBE EX), talvez algo que exija óculos 3D…

Bom, acho que dá pra se divertir mesmo assim… Vou lá. Cantarolando Shake Your Lovemaker, do Cherry Poppin Daddies.


Calça das Trevas

02/05/2007

Então, o foda de escrever sobre o que te acontece é que não é interessante fazer os outros lerem sobre ficar em casa de cueca folheando Playboys antigas e vendo extras do DVD do De Volta Para O Futuro. Já é uma boa ação estarem lendo o seu blog. Porque todo mundo tem blog. É fácil, eu mesmo tenho 3. Esse aqui como o Bermuda, um de ilustrações que ninguém vê mesmo, tenho uns 98% de certeza, e o blog da Nariz Vídeos, que logo de cara passei pra frente a função de atualizar. Portanto é obrigação ter coisa que preste pros outros lerem. Sei lá, ontem tirei fiapo do umbigo vendo reprise de Desperate Housewifes. Isso não é legal. E mudaram a dubladora da Felicity Huffman, ficou uma bosta. Enfim, tem os dias que te ligam pra chapar o coco na calçada, e é demais, isso se você não planeja. Porque a diversão é espontânia, rola se for o caso. Nesses dias que você sai sem pensar nada, e volta sorrindo porque conheceu uma “garota yeahhhhh”, ou ficou lesado com destilados junto de grandes amigos a ponto de tudo virar Little Nemo, com direito acordar no chão pra lá de desorientado, esses dias valem a pena. A história vem até você. Você só estava por perto. Mas nesses dias parados, em câmera lenta… talvez você deva ir atrás sa história. Porque isso de fiapo no umbigo não tá bom. Não tá certo. Um mínimo de esforço pra não ser tosco deve ser feito. Sei lá, liga praquela garota, ou pros amigos, ou só foge de casa, faz alguma coisa! Aimeudeistôperdenomihavidaaaaaaaaa!!


Tá, pra descontrair lhes dou a Monica Bellucci. De nada.



Calça das Trevas

09/04/2007

Eu segurava o colarinho dele e ele o meu. Amigos dele tentavam apartar, e todos berravam, palavrões ecoando. Uns 10 moleques gritando e girando na quadra. Já faz 7 anos isso. O idiota chutou feio um amigo meu, do meu time, e roubou a bola. Não me era um bom dia, era dia de descarregar tensão. Andei até ele devagar e solei a batata da perna, golpe sujo, por trás, nem vi a bola, que se fodesse a bola. Ele virou assustado e bravo, e era eu, ele já não ia com a minha cara. O jogo parou. Sorri o sorriso mais cretino que pude, com mais desdém, com mais arrogância. Ele era mais alto, mas ainda um adolescente desengonçado, me empurrou e empurrei de volta. Segurei pelo colarinho xingando, ele fez o mesmo. Os do time (sala/série) dele vieram separar. Um amigo em comum veio ficar entre nós, estilo Michael Jackson em Beat it, e o soco que eu havia preparado praquele imbecil explode em seu queixo. Lugar errado, hora errada e coisa errada, nunca aparte briga de ninguém, eles sabem porque estão ali, não é passatempo. Alguém abaixa minhas calças. Ele e os amigos dele riem. Olho pra baixo, pra cueca azul, as pernas finas a calça nos pés. Eles riem. Olho pro cara, e só pra ele, com meu sorriso cretino. Seguro o pinto e as bolas, balançando. “Quer, viadinho?” eu digo. Eles param de rir. Levanto as calças, dou meia volta e vou indo. Ele berra, puto “Volta, seu preto! Tá com medo?”. Viro com o rosto quente, os punhos fechados e tremendo. Meus amigos tentam me segurar pelos ombros, mas eu volto. Chego bem perto dele e sussurro “A vadia da sua mãe é a coordenadora. Se eu arrebentar a sua cara eu me ferro. Você sabe. Assim é fácil pra você. Viadinho cuzão. Filha da puta viadinho”. Voltei para a minha classe, um ano mais nova que a do idiota. Ano passado o vi numa festa, aniversário do cara que soquei sem querer. Cumprimentei todo mundo, menos ele. Passei rente, encarando, esnobando. Tentei sorrir, mas devo ter parecido ainda mais nervoso. Ele me olhou sério e desviou a vista para o chão. É, eu guardo rancor. E amigos. E inimigos. Eu não esqueço. Nem ele.


Calça das Trevas

01/04/2007

Na sitcom que é a sua vida tem outros atores, que ganham menos que você, mas também tem seus fãns – nerds e cools – comunidades no orkut, recebem cartas quilométricas com marcas de batom. São seus amigos. Por isso olha essa foto, e tira logo o olho dessa bunda espinhenta. O que importa são os caras no fundo, dando puta apoio pro bundão. Seus amigos te dão apoio pra qualquer babaquisse que você quiser e isso é mesmo louvável, uma namorada certamente vai te olhar torto se você for muito sincero, seus pais querem porque querem acreditar que criaram alguém melhor do esse negócio que é você, e o truque é não saber mais que o necessário do filho. Mas os amigos te levantam quando você cai, te embebedam quando você está magoado, ouvem seu choramingo patético de madrugada, e até te deixam usar o telefone “liga mesmo, diz praquela vagabunda que ela não é tudo isso!!”. Hahahahahahah
Sério, tá tudo bem. Ainda há elenco nessa sitcom? E gente assistindo? Beleza. Tá tudo bem.


Calça das Trevas

07/03/2007


Não postei nada semana passada. Basicamente fiquei olhando pra parede. Se passava uma barata eu matava. Estava me caindo uma ficha sobre a importância das pessoas no esquema geral das coisas. Assim, se eu e as pessoas que conheço formassem elenco de um filme, ou um núcleo específico de uma novela, eu não seria o herói. Imaginei que talvez pudesse ser, mas “Não se anima não, Calça” disse uma voz. E eu voltei a olhar pra parede. Percebi que seria sempre o amigo engraçado do herói, ou o irmão que morre e que merece vingança, ou menos ainda: o capanga que trai e se arrepende, o motorista do táxi que leva a mocinha da história pro aeroporto, o ascessorista do elevador que diz bom dia e ninguém lembra sequer do rosto. Eu entendo de roteiros, e esses personagens não compõe nada além da super importância dos heróis. Um filme só com eles pode ser artístico, mas são vidas pequenas, medíocres, pessoas que já não se animam mais com nada. Senti a vontade de ficar ali, parado, pra sempre. E desistir mesmo de me animar. Arranjar um emprego repetitivo com outras pessoas vazias como eu, ser como todo mundo. Não ter nada pra dizer, nem pensar em nada. Quem se arrisca com sucesso são os heróis. Os coadjuvantes somem, e não é um erro de continuidade. Eles não interessam.


Calça das Trevas

11/02/2007

Tava com uns papos “tô disperdiçando minha vida” com o Borbolético-Esquelético-Thiago-Cruz, e a percepção de ser fisiológicamente incapaz de ir pra um escritório todo santo dia 7 da manhã e sair anoitecendo, produzindo algo para o qual não se dá a mínima, é prejudicial financeiramente. Tipo, você deve viver mais sendo vagabundo, por estar sem esse peso de rotina certamente explicada por Dante enquanto visitava o inferno, mas viver mais e sem dinheiro também não é um passeio no bosque. Portanto o meio termo é desenhar. Coisa que enche o saco, mas sempre foi lazer. Agora pode ser fonte de renda.
Alguém quer me pagar pra rabiscar? Olha o blog que fiz justamente pra isso:
http://c-plano.blogspot.com/

Hey, o chapéu não tá aí no chão porque caiu! Deixa um troco, faz favor.


Calça das Trevas

05/02/2007



100 Resmugos – 5ª Parte – Final
Já era tempo. Espero ter me livrado dessa energia ruim. Que venham coisas boas agora! Pelo amor de Deus!

82 – Gente velha repete tudo 30 vezes
83 – Horóscopo. Chega de “Netudo no céu de Aquário reflete possibilidades”, tem que ser algo mais “você é corno”, “vão puxar teu tapete no escritório”, “vai dar galo no bicho de hoje”.
84 – Filmes em que todo mundo morre sem um bom motivo fazem você pensar que jogou dinheiro fora.
85 – Chega de remakes hollywodianos de japoneses de sustinho. Pára, vai escrever um roteiro seu, ô preguiça!
86 – Spam de peixinho, carrinho, corrente de beijo. Enfia o orkut no cu!
87 – Tudo já foi dito sobre o amor. Calem a boca.
88 – Zorra Total. Aquilo não é humor, é um insulto. Deus, se existir, cancele o programa. Jogue um raio em cada babaca dali, por favor!
89 – Cinebiografias tendenciosas, que sem querer esquecem que o cara batia na esposa e fazia uma ou outra falcatrua. Bobagem, ele foi um grande homem!
90 – Gente bitolada. “Não, eu leio mangá, o resto é lixo”, “Não, eu não gosto do X-Men, eu gosto do Wolverine”. Povo imbecil.
91 – Gente que não entende a diferença do desenho realista pro estilizado. “Ah, mão não é assim”. Cala a porra da latrina.
92 – Gente que não assume erros. Só quando provam com fotos, vídeos e testemunhas ela cede. Daí vira e diz “Ah, e você é santo?” toda se achando vítima. Tomem no cu, palhaços.
93 – Gente que fala bosta e diz que é “autêntica”, “sincera”, mas só quer aparecer. Morram, por gentileza.
94 – Essa inveja ainda me mata.
95 – Preciso de um plano de vida, essa improvisação não tá dando certo.
96 – O que há de errado com as pessoas? Paulo Coelho? Vá ler frases de párachoque de caminhão, bem mais revelador e instrutivo!
97 – Gente que fala berrado. Parece uma bicha adolecente surda, sabem?
98 – Você está quase desligando quando ouve “mas então…”, não dá pra encaixar um “haha, ok, falou, thau”, você sabe que nunca mais vai sair dali…
99 – Sempre tem um amigo que é o que você deveria ser. Antes ele não fosse meu amigo, para matá-lo e ocupar seu lugar… Mas nada me impede de planejar isso nas horas vagas…
100 –Nunca se proponha a listar cem coisas, é difícil pácaralho! Chega!


Calça das Trevas

26/01/2007

100 Resmungos – 4ª Parte
Penúltima parte, tá quase lá. Recebam minhas neuroses. Obrigado.

62 – Gente indecisa. “Quero uma Brahma. Não, duas.Não, uma Brahma e uma Antártica. Não, amendoim e Coca”, “Argh! Quer um murro na cara ou no estômago? Anda com isso!”, “Hum, na cara. Não, espera…”
63 – Quer ganhar um Oscar? Interprete um retardado ou um judeu no Holocausto. Ou um retardado judeu no Holocausto. Nem é previsível, vai lá…
64 – Aliás, chamem o Seinfeld pra apresentar o Oscar, chega da Whoopi Goldberg, chega do Billy Cristal!
65 – “Abaixa essa bosta! Eu não quero ouvir Wham!”. Vizinho é uma merda, dá vontade de morar a 50 quilômetros de qualquer pessoa.
66 – Essa gente que mostra o dedo do meio nas fotos. “Olha como eu sou engraçado/mau/underground, estou mandando tomar no cu”. Pirralhada babaca.
67 – Cascateiros. “Não, véio, daí eu dei um quenta na mina lá na rua mesmo, sabe a rua atrás da facu?”, “Mentira”, “Sem caô!”, “Vai escrever conto erótico, vai, não me enche”.
68 – Gente sabe-tudo. Do nada vira a conversa pra falar dos astecas, só pra se exibir. Tem ser que não vive sem platéia.
69 – Gente que muda um papo descontraído para outro com certo contexto político só pra pensarem que que ela é antenada e politizada. Calaboca e vai comer a Heloísa Helena, salve uma brasileira da seca.
70 – Gente que muda a conversa pra poder falar de si mesma. Ela sempre, seeeeeeeempre tem uma história mais engraçada que aconteceu um dia, lá no sítio do tio-avô dela…
71 – Gente que manda corrente. Porque as pessoas só “passam adiante” com medo do azar. Cuzonas. Mas quem foi a 1ª mula que mandou? Ou isso foi em 1994 e até agora estão só repassando???
72 – Gente arrogante. Não importa se você é foda. Se eu esfaquear sua barriga você ainda vai se cagar todo e morrer com frio igual a qualquer outro. Aliás, fodão, lembre disso e de mim.
73 – Gente que paga as compras do mês, o condomínio e recarrega o celular bem na sua frente, no caixa do mercado. Você só tem uma lata de Coca. Você quer esganar a pessoa.
74 – Gente que não reconhece. Tem um emprego bacana, mas reclama. Tem uma namorada incrível, mas trata mal, trai. Não merece nada gente assim.
75 – Gente que canta em público. E nem é karaokê, que isso é justificável (apesar de besta). Falo de quem anda na rua cantarolando, sei lá, Ivete Sangalo. Ah, seja feliz no céu, se joga na frente de um carro!
76 – Gente que só pensa em grana. Tudo o que quer é grana e todos os seus contatos na vida devem ter grana, ou não servem pra nada.
77 – Acordar com telefonema. Parece proposital! Se for engano então…
78 – Bafo. A conversa vira uma dança. Você, dois passos pra esquerda, a pessoa te segue. Você, dois passoa pra trás, a pessoa te segue.
79 – Gente bipolar. Uma hora é um doce, a melhor pessoa para se estar, logo depois é a mais insuportável. Ou você mata essa pessoa, ou aproveita muito quando ela é legal.
80 – Gente que te encara no elevador. É um treco psyco, já que você não tem pra onde ir. O melhor é encarar de volta. Se a pessoa rosnar você late.
81 – Gente beata, que tudo de legalzinho “é Deus atuando” e qualquer dor de cabeça “é o Diabo tentando”. Na boa, se qualquer um dos dois existir, ele não liga pra você!